Usar o artesanato para gerar renda entre empreendedores de baixa renda que não têm acesso a crédito e precisam aprender sobre gestão são características predominantes de boa parte de empreendimentos sociais em São Paulo. Esse perfil foi revelado nesta terça-feira (27/11) na apresentação da pesquisa Negócios Sociais Comunitários, realizada pela Aliança Empreendedora em parceria com a Artemísia.

O levantamento foi feito com 21 organizações sediadas na Grande São Paulo. Suas áreas de atuação predominantes são artesanato (25%), alimentação (18%), recolhimento de materiais recicláveis (14%), reciclagem (12%) e serviços (14%). A maior parte delas (32%) segue princípios de economia solidária, 25% praticam comércio justo e 21% se definem como negócios sociais.

Geração de renda é o foco da maioria absoluta (14) dos entrevistados – educação (5), ambiente (4) e cultura (4) são as outras preocupações mais citadas. Apesar disso, 24% delas não sabem precisar o incremento de renda dos empreendedores apoiados. “Isso demonstra um gargalo nas ferramentas de avaliação, que devem melhorar esse aspecto”, comenta Cristina Filizzola, 33 anos, coordenadora geral do escritório da Aliança Empreendedora em São Paulo. Entre as que responderam, 36% afirmam que o aumento da renda foi de mais de 150%, e 18%, de 100% a 150%.

Ainda no campo das finanças, a pesquisa comprova a dificuldade de microempreendedores para ter acesso a crédito. Nenhum tipo de recurso foi emprestado a 39% deles – e ninguém afirma ter investido economias próprias para empreender. Microcrédito foi usado por 17% dos entrevistados, enquanto 11% recorreram a grandes bancos. A maioria (60%) obtém recursos de seu próprio empreendimento.

A maior dificuldade relatada pelos empreendedores é a gestão do negócio. Esse também é o foco do apoio dado às organizações: 21% delas dão consultoria de formação e gestão de negócios, 16% ajudam nas vendas, 14%, no design gráfico e 12% na área contábil.

A maioria das organizações apoia grupos pequenos de empreendedores (48% delas atendem de 1 a 50, e 14%, de 51 a 100). As pessoas atendidas em geral (65%) são analfabetas ou completaram apenas o ensino fundamental.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Apesar da cautela e da retração geral nas atividades globais de fusões e aquisições, provocadas pela incerteza e a volatilidade do mercado financeiro, cada setor da economia apresentou um desempenho diversificado, registrando altos e baixos, na 1ª Edição do Relatório Global de Avaliação de M&A (Merger and Aquisition) da American Appraisal – empresa especializada e líder mundial em opinião de valor e avaliação de ativos e negócios.

O setor de Tecnologia, Mídia e Telecom, por exemplo, foi o que mais registrou aumento de transações, de acordo com o relatório da consultoria, realizado em parceria com a Mergermarket, a partir de pesquisas e análises de mais de 25 mil dados coletados em transações registradas em 28 países.

O estudo cita ainda conclusões valiosas sobre cada setor obtidas pela American Appraisal no contato in loco com seus clientes, além do panorama geral de setores como Energia, Mineração e Utilidades; Indústria e Área Química; Consumo; Tecnologia, Mídia e Telecom; Serviços Financeiros; e o setor Farmacêutico, Médico e Biotecnológico. Confira abaixo os resultados do estudo por setor:

 

Tecnologia, Mídia e Telecom (TMT)

A American Appraisal viu esse setor ofuscar os demais, devido às inovações tecnológicas em curso e o crescimento de certos segmentos, como mídias sociais. O Facebook e o Skype são dois exemplos de empresas cuja valorização causou alvoroço no mercado. Estes fatores propiciaram um ambiente de competição feroz entre os compradores na corrida para adquirir um ativo com grande potencial de retorno.

Os últimos meses presenciaram também quantias altas sendo pagas por ativos que ainda não geraram um único dólar de receita. É o caso do Instagram, que, com zero de receita, foi comprado pelo Facebook por US$ 1 bilhão. O estudo revela que temores de outra bolha de tecnologia são comuns perante ações deste tipo, já que os compradores têm aprendido duras lições do passado e estão cada vez mais minuciosos na compra de ativos de tecnologia. No entanto, estas ações não os impedem de fazerem apostas elevadas em ativos com alta projeção de lucro.

Dados do relatório mostram que a média dos múltiplos de EBITDA em TMT quase dobrou em 2011 na comparação com 2010. Isto se deve em parte às projeções elevadas de crescimento de receita – média de 48% – nas empresas para as quais a American Appraisal trabalhou durante a pesquisa. Estes dados refletem a resistência do setor perante a redução global de M&A que atingiu a maioria dos outros setores.

Energia, Mineração e Utilidades

O setor resistiu bem à queda nos preços das commodities, registrando aumento de múltiplos de EBITDA em 2011. Isto se deve parcialmente a investimentos estratégicos feitos por empresas no crescente mercado de óleo e gás na América do Norte.

A média da taxa interna de retorno de 14% sinaliza que os compradores ainda esperam retornos atrativos para este setor no futuro. De acordo com o estudo, é um sinal positivo que esta taxa esteja mantida em uma posição firme, até mais do que as avaliações dos ativos, que podem ter sido inflacionados por um apetite crescente por recursos naturais em mercados emergentes.

Infelizmente, no primeiro semestre de 2012, o estudo verificou o impacto da volatilidade dos preços das commodities no setor, o que sinaliza uma expectativa de queda das valorizações médias do setor em médio prazo. Compradores têm se queixado da lentidão de alguns mercados, particularmente na Rússia e nos estados vizinhos que outrora formaram a União Soviética. Enquanto isso, no Oriente Médio, o medo de uma possível interrupção no fornecimento de produtos, como os barris de petróleo, continua mais vivo do que nunca. Estes fatores, de acordo com o estudo, serão determinantes para medição das valorizações dos ativos deste setor no futuro.

Farmacêutico, Médico e Biotecnológico

O setor registrou um aumento de mais de 20% na média dos múltiplos de EBITDA em relação ao ano anterior. Por outro lado, teve a maior queda de taxa interna de retorno: de 20,8% em 2010 para 12,3% em 2011. Enquanto este dado fornece apenas uma pista do que se passa neste mercado, ele vem de encontro às expectativas gerais de taxas reduzidas de retorno esperadas pelas empresas farmacêuticas, uma vez que remédios de sucesso são cada vez mais escassos. Este declínio diz algo sobre a ampla divergência de avaliações de ativos deste setor entre, por exemplo, o alto retorno de ativos biotecnológicos e os ativos de escala maior dos fabricantes genéricos que possuem margens mais apertadas.

Neste cenário, a American Appraisal tem auxiliado seus clientes a harmonizarem os relatórios financeiros e estratégias fiscais, através de uma grande diversidade de ferramentas para que os interessados em investir neste setor tenham maior segurança de onde estão pisando.

Consumo

No setor de consumo, especialmente na Ásia, empresas estão ansiosamente dispostas a pagar preços altos por companhias que irão se beneficiar da demografia favorável da região num futuro próximo. Projeções de crescimento das economias asiáticas tem sido um ponto focal para as empresas do Ocidente e a forte competição destas por ativos asiáticos influenciará para cima o preço destes ativos.

Um dos maiores desafios deste setor atualmente, segundo o estudo, é a amplitude de sinais contraditórios que o mercado pode apresentar. Por exemplo, após a Austrália ter relatado, inicialmente, um fraco desempenho do seu mercado consumidor, uma nova onda de consumismo contribuiu para o País registrar crescimento de 4,3% em sua economia. Dados da American Appraisal confirmam que algumas taxas internas de retorno mais atraentes foram encontradas justamente no setor de consumo na Austrália. Um dos motores deste desempenho é o setor de mineração australiano que floresceu por meio de exportações, principalmente para a China. Isto ajudou o País a manter os níveis de emprego e impulsionar os gastos dos consumidores.

Para o segundo semestre de 2012 são esperadas mais transações de M&A neste setor, principalmente nos mercados emergentes. Empresas, cada vez mais, vão se expandir por meio de linhas de produtos que satisfaçam a demanda do consumidor e isto pode levar os compradores de empresas a adquirirem marcas já existentes e com boa cadeia de distribuição.

Serviços Financeiros

De acordo com o estudo, este é o setor que sofrerá mais impacto devido às reformas regulatórias em curso nas principais economias do mundo (particularmente na Europa e EUA), o que pode significar custos correntes substanciais e pressão adicional nas margens de lucro dos ativos deste setor.

Apesar das implicações negativas destas expectativas, as taxas médias de crescimento dos ativos ainda permanecem saudáveis. Isto explica, de alguma forma, o fato de que a contração de margem antecipada não está dissuadindo os compradores de fazer aquisições.

Um dos motores por traz da recuperação geral de valores dos ativos está nos esforços das empresas em quitar seus débitos e criar novas reservas de dinheiro. Segundo o estudo, isto pode ser notado em quase todos os setores nos quais a American Appraisal atua. Uma das grandes mudanças ocorreu justamente no setor de serviços financeiros, onde a média do débito para o total do capital caiu de 17% para 11% entre 2010 e 2011.

Esforços para reduzir as dívidas no setor continuarão a aumentar as ações de desinvestimento em alguns ativos, particularmente na Europa se a crise piorar. Contudo, ao procurar por ativos saudáveis, os compradores devem se precaver para não deixarem de comprar um ativo apenas por causa de sua seu possível alto grau de endividamento. De acordo com o estudo, uma estrutura de capital eficiente também inclui certa quantidade de débitos e comprar um ativo com uma perspectiva atrativa de crescimento ou com potencial de forte sinergia pode fazer com que o ativo com seus débitos valham à pena. Compradores que não se importam em assumir negócios com dívidas terão acesso a mais ampla variedade de ativos disponíveis.

Indústria e Área Química

Nos últimos dois anos, a proximidade entre as taxas médias de crescimento de cinco anos de EBITDA e de receita no setor Industrial e de empresas químicas sugerem que outros benefícios, além das sinergias, estão impulsionando as transações de M&A do setor.

A média dos múltiplos de EBITDA do setor, contudo, ficou basicamente no mesmo patamar entre 2010 e 2011, enquanto a maioria dos outros setores teve um ligeiro aumento. Isto reflete a desaceleração que o setor está enfrentando globalmente. Se a confiança das empresas deste setor diminuir um pouco mais, então táticas de corte de custos deverão voltar à tona e o M&A será parte fundamental nisso. Com o aumento dos desinvestimentos e a venda de ativos não essenciais, valorizações médias do setor podem cair.

Sobre a American Appraisal
Líder mundial em serviços de opinião de valor e assessoria relacionada à avaliação, a American Appraisal é reconhecida internacionalmente por sua elevada expertise na elaboração de laudos e análises para operações de aquisições e fusões, investimentos em participações, start-ups, além de avaliações para atendimento à legislação fiscal, contábil, societária, entre outras demandas. Fundada em 1896, a American Appraisal conta com mais de 1.000 colaboradores independentes, em mais de 50 escritórios localizados nos principais centros econômicos do mundo, os quais estão familiarizados com os desafios particulares dos diversos setores que atendem – bens de consumo, instituições de ensino, energia e recursos naturais, setor público e governamental, saúde, industrial, de tecnologia, entre outros. No Brasil, em pouco mais de três anos de operação, a American Appraisal já se posiciona como uma das maiores especialistas em serviços de avaliação com diferentes graus de complexidade A consultoria atua nas áreas de Financial Advisory Services, Fixed Asset Valuation, Fixed Asset Management e Real Estate Advisory.

Fonte: http://www.empresasvale.com.br/noticias/Setor_de_tecnologia_lidera_aumento_de_fusoes_e_aquisicoes-5446

O governo federal vai lançar um novo portal do empreendedor para “simplificar a vida do empresário com o Estado”, adiantou à Agência Brasil o secretário de Comércio e Serviços do Ministério de Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Humberto Ribeiro. O anúncio será feito em Brasília durante o 1º Simpósio Brasileiro de Políticas Publicas para Comércio e Serviços (Simbracs), nos dias 28 e 29 de novembro, no Centro de Convenções Brasil 21.
“O novo portal vai trazer ferramentas mais simples, que facilitam o relacionamento entre empreendedor brasileiro com o Estado, para que ele (empreendedor) esteja, de forma simples, garantindo conformidade com as leis. Estamos facilitando a vida do empresário”, disse.
Durante o encontro vão ocorrer mais de 30 painéis e debates com temas relacionados ao setor terciário, como as relações educacional, trabalhista e de consumo. Além disso, haverá uma rodada de apresentação de oportunidades e investimentos, com 13 países estrangeiros já estão inscritos.
“São vários bilhões de reais em oportunidades de investimentos. As 50 empresas que cadastram seus projetos serão apresentadas aos investidores. É um catálogo de ofertas e daí as coisas evoluem. É a primeira vez que o governo federal faz uma chamada pública para investidores internacionais”, comentou.
O evento será coordenado pela Secretaria de Comércio e Serviços (SCS) do MDIC, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O Simbracs dá continuidade ao Plano Brasil Maior, programa de incentivo à indústria nacional, focando em ações para melhorar a competitividade das empresas em diversos setores. A ideia é que exista uma busca permanente por inovação e mais qualidade dos serviços e bens comercializados no Brasil.

Fonte: http://www.sitecontabil.com.br/noticias/49.html

As empresas poderão ter mais segurança jurídica para deduzir as despesas com capacitação de seus empregados na apuração do Imposto de Renda (IR) com base no lucro real. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou na terça-feira (27), em decisão terminativa, projeto da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que descreve as situações em que essas despesas podem ser abatidas.
Conforme o PLS 149/2011, são dedutíveis depesas com qualificação, treinamento e formação profissional, inclusive mediante concessão de bolsa de estudo em instituições de ensino de qualquer nível, desde que oferecidas em condições de igualdade para todos os empregados.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse que a Receita Federal do Brasil (RFB) vem dando interpretação restritiva ao que seja “formação profissional de empregados”, cujos gastos são dedutíveis na apuração do lucro real. A solução que ela encontrou foi apresentar o projeto que, na avaliação do relator, senador Armando Monteiro (PTB-PE), contribui para dirimir dúvidas de interpretação e eliminar a insegurança jurídica. Ele ressalta no relatório que as condições estabelecidas no projeto espelham a realidade de uma empresa interessada na qualificação de sua mão de obra, “sendo bastante razoáveis”.

Texto confeccionado por: Djalba Lima

Fonte: http://www.sitecontabil.com.br/noticias/59.html